Dicult revitaliza para a comunidade o espaço UFU Graça do Aché

por: Bárbara Fernandes, estagiária em graduação, ObEXC
11/12/2017 - 17:47 - atualizado em 22/12/2017 - 17:24

O Centro de Referência da Cultura Negra “Graça do Aché” é um espaço de apoio, promoção e valorização da cultura afro-brasileira que busca atender as demandas culturais da comunidade negra na cidade de Uberlândia e região. Para Alexandre José Molina, Diretor de Cultura da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal de Uberlândia (Dicult/Proexc/UFU), é observando a finalidade de criação do Centro que a Dicult entende a necessidade de fortalecer o Graça do Aché e dar a ele condições estruturais para desenvolver o seu trabalho na máxima potência.

A coordenadora do Graça do Aché, professora Antônia Rosa Pereira, explica que a importância do mesmo é atuar como um instrumento de responsabilidade social, do respeito e valorização das diferenças étnico raciais e da história e realidade atual da África dos afro-brasileiros. “O Graça do Aché é um espaço dedicado ao estudo, a pesquisa e ao atendimento das necessidades culturais e acadêmicas da população afrodescendente”, afirma.

Da esq./p/dir.: Saturnino (representando a Família de Graça do Aché); professora Vânia Bernardes, diretora de extensão da Proexc; professor Molina, diretor da Dicult e professora Antonia, coordenadora do Centro de Referência da Cultura Negra Graça do Aché.

O Centro leva esse nome em homenagem a Maria da Graça Oliveira, natural de Uberlândia, personalidade importante na militância para preservação da cultura negra, na cidade. O Aché com CH é proposital, em decorrência do Bloco Aché (grupo carnavalesco, idealizado e fundado por Graça em 1988 com a finalidade de comemorar o centenário da Abolição da Escravatura).

Molina conta que em 2017, por iniciativa da Proexc, o Centro recebeu nova pintura, reparos na parte elétrica e hidráulica, que comprometiam a segurança e bom funcionamento do local, além da criação da identidade visual própria. O Graça do Aché promove debates sobre a temática da cultura negra e acolhe programações de agentes culturais da comunidade de um modo geral.

O Diretor esclarece que o espaço abriga há algum tempo o projeto Arte na Escola – Polo da Universidade Federal de Uberlândia. “Esse projeto foi o responsável para que o espaço continuasse funcionando todo esse tempo. Apesar de ser uma iniciativa que não está diretamente ligada com a finalidade do espaço, que são as questões em torno da cultura afro brasileira, esse projeto, de formação continuada de professores, contribui para o fomento da arte e da cultura”.

Para 2018, Molina declara que a meta é produzir um documento de referência para o espaço, como um regimento interno, para, além de formalizar o funcionamento do Centro, agregar princípios e diretrizes. O desenvolvimento do documento, segundo ele, já foi iniciado a partir de um processo de escuta da comunidade, que frequenta e desenvolve ações no espaço, e também do diálogo com outros setores da universidade que trabalham com questões da cultura negra. Também foi identificada pela coordenação a necessidade de suprir o Centro com equipamentos básicos de som e iluminação. “Atualmente, quando desenvolvemos alguma ação que precisa desses materiais, precisamos fazer uma locação. Com a compra, pretendemos dar mais autonomia para o local, finaliza o Diretor.

Localização do Centro Graça do Aché

Serviço - Equipe Observatório de Extensão e Cultura (ObEXC Proexc): Bárbara Fernandes, estagiária de graduação em Jornalismo; Eduardo Gomes, estagiário de graduação em Design; e supervisão de José Amaral Neto, coordenador do ObEXC.

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